Ter 15 anos, para mim em particular, não é fase, mas sim castigo, um castigo que parece ser eterno, afinal, não há nada pior que se sentir usando um cabresto, sendo limitado a tudo, aos seus desejos e até mesmo a alguns de seus sonhos. É terrível depender de alguém para ter ou fazer qualquer coisa, se sentir preso em casa e escola, seguindo uma rotina que não é sua, ter que parar e escutar um monte de palavras, grande maioria não absorvida, estando certo ou errado. Ver que seus gritos, confrontos e apelações não valem de nada, e saber que tudo o que quer, seus sonhos e objetivos já foram decididos, e que poderia estar correndo atrás de tudo o que quer, mas não pode. Sempre fui orgulhosa e de forte personalidade, sou de poucas palavras, mas bato de frente, digo a verdade, digo o que vejo, isso desde bem pequena, e ao escrever isto lembro de conversas com meu pai e, em uma delas ele me disse o seguinte: "deve estar ciente de que sofrerá muito por ser quem é, por agir como age, ninguém gosta de quem fala, bate de frente, nem mesmo você, você reclama e diz que não aguenta, que quer viver, mas está preparada?", sempre antes de dormir fico um bom tempo acordada com a cabeça encostada no travesseiro olhando para a janela e pensando em muitas coisas, e sim, estou preparada, até porque estou preparada para muito chorar e me decepcionar, ficar puta com julgamentos e situações. Sim, sou apenas uma adolescente entediada e que tem tudo, tudo mesmo para ser feliz, mas não é.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
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